#11 Diário de um regresso a Moçambique – Eid Mubarak!
O último mês de Março foi o mês do Ramadão, o nono do calendário islâmico e geralmente o período de jejum (ou "sawm") para os muçulmanos, o quarto dos cinco pilares do Islão (os outros são a profissão de fé, ou "shahada", a oração, ou "salah", a caridade, ou "zakat", e a peregrinação a Meca, caso haja condições, a "hajj"). E no domingo dia 30, o último da minha estadia em Moçambique, foi dia de Eid Mubarak, que o mesmo é dizer de festa ou festival abençoado. Despertei ainda não eram 8h ao som de vários "Allahu Akbar" ("Alá é grande" ou "Grandioso seja Alá") e "La Ilaha Illallah" ("Não há outro Deus além de Alá"), que me chegavam do Parque dos Continuadores, onde nessa manhã se juntaram centenas de muçulmanos. E terminei o dia participando numa festa de família (e amigos), onde não faltaram os bolinhos típicos destas festividades (os barfi, os montar e os jalibi), o arroz doce amarelo e solto, o qiry, que é um leite com aletria (usado muitas vezes durante o mês para quebrar o jejum ao pôr do sol). E ainda o seco-seco de cabrito com apas, o chacuti de pato ou o biryani.
Em Moçambique, o Conselho Islâmico apelou à sociedade para que o mês do Ramadão fosse usado para a reconciliação nacional e aos políticos para que levassem a cabo um diálogo com vista a conduzir o país de volta à estabilidade política, económica e social. Que assim tenha sido.
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