Maputo: os fetos bizarros do Museu de História Natural

Lembrei-me um destes dias, talvez por causa da morte da girafa Marius, jovem, saudável e abatida a tiro no Jardim Zoológico de Copenhaga, na Dinamarca, para evitar que acasalasse com parentes próximos, da história com que me deparei na primeira viagem a Moçambique, ao visitar em Maputo o Museu de História Natural. Junto de uma das vitrinas conta-se a história que fez com que “objectos” tão raros possam estar expostos: por alturas da primeira guerra mundial, os serviços de agricultura do governo colonial português decidiram limpar uma área ao sul da capital para projectos de agricultura (que nunca se concretizaram), o que resultou numa matança de cerca de dois mil elefantes. E que um fiscal da brigada encarregue da tarefa decidiu então guardar em formalina os fetos que foi encontrando. Como resultado, uma colecção de 14 fetos, do primeiro ao vigésimo mês de gestação (no total são 22 meses), que se apresenta como única no mundo. 
O Museu de História Natural, localizado na Praça Travessia do Zambeze, perto do Hotel Cardoso e junto ao terminal de chapas, está aberto de terça a sexta das 8.30 às 15h30, sábados e domingos das 10h às 17h.





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