Moçambique: de helicóptero até Ponta Mamoli
Tinha jurado que só regressava à Ponta do Ouro quando a construção da anunciada estrada estivesse concluída. E tenho cumprido, embora tenha estado no último fim-de-semana lá muito perto, em Ponta Mamoli – a mais ou menos uns 20 quilómetros da povoação e da praia mais a sul de Moçambique e a uns 30 dos tentadores lagos de Kosi Bay, já do lado da África do Sul.
Mas desta vez troquei as quatro ou cinco horas de viagem em 4x4 e em estrada de terra, os solavancos e os rios de lama por meia hora de voo em helicóptero, com partida do aeroporto de Maputo, por boas vistas aéreas, primeiro da cidade, depois da Reserva de Elefantes e finalmente de Ponta Mamoli, e por um formigueiro na barriga, que aumentou no regresso, talvez por causa do vento forte e por ter vindo sentada ao lado do piloto.
Ponta Mamoli, vizinha da Ponta Malongane (onde há alguns hotéis, como o Tartaruga Marítima, bares e restaurantes), é um lugar tranquilo, com um mar revolto e quente q.b. e habitat de golfinhos (logo à chegada, vimos três ou quatro muito perto do areal), baleias (passam por aqui de Julho a Novembro e conseguimos ver uma um pouco ao longe) e tartarugas (que nos meses de Novembro e Dezembro desovam na praia).
O White Pearl Resorts, de cinco estrelas, é por ali a única opção de alojamento – mas também recebe no seu restaurante visitantes só de um dia. São 21 casas em madeira construídas em forma de anfiteatro mais o número 22 que está provisoriamente transformado em SPA (não sei se vale a pena ir lá mais pelas massagens ou pela vista). Os quartos são confortáveis, todos bem localizados mas apenas os da primeira linha têm acesso directo à praia. O melhor? A cozinha do actual chef moçambicano, o ambiente tranquilo, o mar em frente e a simpatia do staff. O pior? Os preços, sendo que há alguns descontos para reservas feitas com alguma antecedência e promoções ocasionais em sites de reserva de hotéis.
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