Um regresso feliz ao Porto (e ao Douro)
Um brinde ao Porto, ao Douro e às coisas boas da vida com um baratinho mas bastante aceitável Terras D' Alleu (um tinto oferecido pelo Happy Porto, o alojamento escolhido para uma noite na cidade) abriu a programação de um fim de semana no Norte. Uma viagem de três dias que teve como pretexto experimentar o MiraDouro, um comboio dos anos 40 que regressou ao activo no dia 30 de Junho, depois da recuperação de seis carruagens produzidas em 1947 pela empresa suíça Schindler.
E foi um prazer - para passageiros, comboio e maquinista, que não parou de apitar ao longo do percurso - percorrer a linha do Douro a bordo da velha-nova composição pintada de amarelo e branco e que mantém as grandes janelas panorâmicas originais, que se podem abrir para fotografar ou para apanhar ar (e que tornam o ar condicionado, inexistente, dispensável).
O MiraDouro liga a Estação de São Bento ao Tua durante todo o Verão pelo preço de um comboio inter-regional (11,60 euros). Mas nós decidimos sair uma paragem antes, no Pinhão, para um passeio de barco no Douro e para um almoço à beira rio, onde vários homens se entretinham a pescar (enquanto nós nos deliciávamos com um polvo assado no VelaDouro).
Do Pinhão seguimos para o Pocinho, no final da linha, por nos terem dito ser esse troço imperdível, (e é mesmo, com paisagens de encantar e estações com nomes como Alegria ou Vesúvio). E enquanto, rodeada de vinhas e socalcos feitos em pedra, e mais vinhas e mais socalcos. conversava com as minhas companheiras de viagem sobre a intenção do grupo Visabeira produzir vinho em Moçambique (dizem-se que já estão crescidas as videiras plantadas na Namaacha e no Chimoio) sou interrompida por um português desde sempre residente em Maputo (e nessa altura o único passageiro na nossa carruagem) que desconhecia este projecto em curso.
No Pocinho, demos início à viagem de regresso, mas ainda só até ao Tua (o Porto ficaria para o dia seguinte), onde nos esperava um taxista para a última etapa do dia, que isto de deixar o carro em Lisboa e dedicar o fim-de-semana às linhas férreas tem destas coisas. O Mallus Agroturismo, na aldeia de Misquel, foi o sítio escolhido para passar a noite, o restaurante Taberna da Helena, em Carrazeda de Ansiães, o sítio escolhido para jantar. Novo brinde com um vinho do Douro, desta vez um tinto Fanfanito.
Missão Douro cumprida. foi tempo de regressar ao Porto, cidade que achei ainda mais bonita (a mesma opinião teve o chef norte americano Anthony Bourdain, que a visitou recentemente). Continua a comer-se bem (na primeira noite experimentámos um poderoso arroz de fumeiro no Caldeira, ali para os lados do Campo Mártires da Pátria, à despedida uns filetes de polvo e uma francesinha ligeiramente picante no restaurante A Regaleira) e as noites continuam super animadas, com tantos bares que se torna difícil escolher (fiquei com vontade de voltar à Galeria de Paris, um restaurante e bar instalado num antigo armazém de tecidos, a que desta vez só dei uma espreitadela).
E numa visita que foi rápida mas feliz até nos cruzámos, a caminho da Ribeira, com uma casa amarela e de janelas verdes que tinha Berlengas escrito em azulejos. Teria sido esse o nosso destino (e lá se tinha ido o Porto) não fora a previsão de vento super forte para o fim de semana desta viagem.
E foi um prazer - para passageiros, comboio e maquinista, que não parou de apitar ao longo do percurso - percorrer a linha do Douro a bordo da velha-nova composição pintada de amarelo e branco e que mantém as grandes janelas panorâmicas originais, que se podem abrir para fotografar ou para apanhar ar (e que tornam o ar condicionado, inexistente, dispensável).
O MiraDouro liga a Estação de São Bento ao Tua durante todo o Verão pelo preço de um comboio inter-regional (11,60 euros). Mas nós decidimos sair uma paragem antes, no Pinhão, para um passeio de barco no Douro e para um almoço à beira rio, onde vários homens se entretinham a pescar (enquanto nós nos deliciávamos com um polvo assado no VelaDouro).
Do Pinhão seguimos para o Pocinho, no final da linha, por nos terem dito ser esse troço imperdível, (e é mesmo, com paisagens de encantar e estações com nomes como Alegria ou Vesúvio). E enquanto, rodeada de vinhas e socalcos feitos em pedra, e mais vinhas e mais socalcos. conversava com as minhas companheiras de viagem sobre a intenção do grupo Visabeira produzir vinho em Moçambique (dizem-se que já estão crescidas as videiras plantadas na Namaacha e no Chimoio) sou interrompida por um português desde sempre residente em Maputo (e nessa altura o único passageiro na nossa carruagem) que desconhecia este projecto em curso.
No Pocinho, demos início à viagem de regresso, mas ainda só até ao Tua (o Porto ficaria para o dia seguinte), onde nos esperava um taxista para a última etapa do dia, que isto de deixar o carro em Lisboa e dedicar o fim-de-semana às linhas férreas tem destas coisas. O Mallus Agroturismo, na aldeia de Misquel, foi o sítio escolhido para passar a noite, o restaurante Taberna da Helena, em Carrazeda de Ansiães, o sítio escolhido para jantar. Novo brinde com um vinho do Douro, desta vez um tinto Fanfanito.
Missão Douro cumprida. foi tempo de regressar ao Porto, cidade que achei ainda mais bonita (a mesma opinião teve o chef norte americano Anthony Bourdain, que a visitou recentemente). Continua a comer-se bem (na primeira noite experimentámos um poderoso arroz de fumeiro no Caldeira, ali para os lados do Campo Mártires da Pátria, à despedida uns filetes de polvo e uma francesinha ligeiramente picante no restaurante A Regaleira) e as noites continuam super animadas, com tantos bares que se torna difícil escolher (fiquei com vontade de voltar à Galeria de Paris, um restaurante e bar instalado num antigo armazém de tecidos, a que desta vez só dei uma espreitadela).
E numa visita que foi rápida mas feliz até nos cruzámos, a caminho da Ribeira, com uma casa amarela e de janelas verdes que tinha Berlengas escrito em azulejos. Teria sido esse o nosso destino (e lá se tinha ido o Porto) não fora a previsão de vento super forte para o fim de semana desta viagem.
O Happy Porto Hostel & Apartments, localizado na Rua de Miragaia, 177 (e o Douro ali em frente), tem alojamento a partir de 22 euros por pessoa numa camarata comum com 11 camas e dormitórios para grupos de 4, 8 ou 10. E tem também um apartamento simpático e bem equipado num dos prédios vizinhos, que dá para três ou quatro pessoas, por 80 euros a noite, com pequeno almoço incluído (e foi esta a nossa opção). Este é servido no edifício principal e na manhã da nossa passagem encontrava-se por lá um grupo proveniente do Cazaquistão que juntou aos produtos disponíveis pratos e pratos de uma espécie de tostas ou bolachas, noodles, sopa e sacos carregados de uma espécie de rebuçados ou gomas. Mais informações +351 22203869, +351 967299974 ou através do e-mail hello@happyporto.com.
O restaurante Caldeira, que é também residencial e propriedade de um casal de São João da Pesqueira que aqui serve muitos dos produtos produzidos na sua terra, fica no número 53 do Campo Mártires da Pátria e é pouco amado no Triadvisor. A Regaleira, considerado o restaurante que criou a francesinha, fica no 87 da Rua do Bonjardim e tem também alguns clientes desiludidos que deixam comentários na Net. Eu era capaz de regressar aos dois.
O restaurante Caldeira, que é também residencial e propriedade de um casal de São João da Pesqueira que aqui serve muitos dos produtos produzidos na sua terra, fica no número 53 do Campo Mártires da Pátria e é pouco amado no Triadvisor. A Regaleira, considerado o restaurante que criou a francesinha, fica no 87 da Rua do Bonjardim e tem também alguns clientes desiludidos que deixam comentários na Net. Eu era capaz de regressar aos dois.
O Mallus Agroturismo, na aldeia de Misquel, a poucos quilómetros do Douro e a menos de meia dúzia de Carrazeda de Ansiães, tem três quartos e três estúdios (para duas, três ou quatro pessoas) instalados em casas de pedra recuperadas por um proprietário que é também produtor de maçã. E tem uma pequena piscina exterior, um barbecue para uso dos hóspedes, um óptimo pequeno almoço (inesquecíveis o requeijão de ovelha e os doces caseiros) e um acolhimento verdadeiramente simpático (um obrigado à anfitriã Paula). Mais informações +351 278615013, +351912218001 ou geral@mallus.pt.
O velho-novo comboio MiraDouro funciona este ano de 30 de Junho a 30 de Setembro, com partidas da Estação de São Bento às 9.25 e regresso do Tua às 16.34. Os bilhetes para um percurso custam 11,60 euros, o mesmo de um bilhete para um inter-regional. Mais informações através do telefone 707210220 ou no site da CP.
A empresa Magnífico Douro é uma das que organiza passeios de barco no Douro. Um de uma hora na zona do Pinhão, num barco rabelo, custa 10 euros. Informações: 913129857.
O episódio de Anthony Bourdain Parts Unknown dedicado ao Porto, que estreou na CNN no dia 9 de Juljo, está no Youtube e pode ser visto aqui.
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