Moçambique: a Gorongosa volta a abrir aos visitantes

O Parque Nacional da Gorongosa, situado na província moçambicana de Sofala e considerado provavelmente como o maior projecto de reabilitação da fauna bravia em África, está de novo aberto aos visitantes, após o encerramento em tempos de pandemia. Embora ainda com algumas limitações: as visitas têm de ser marcadas previamente e para pernoitar apenas está disponível a opção de campismo, nas modalidades de dormir em tenda própria ou em tenda do parque no histórico acampamento de Chitengo, com as refeições a cargo dos visitantes, e de fly-camping ou acampamento volante no meio do mato, com as refeições incluídas (e alguma emoção também, uma vez que as noites serão passada sem cercas entre os visitantes e os animais).  O restaurante e os bungalows geridos pela empresa Visabeira permanecem por agora fechados.

E o que podem os visitantes fazer na Gorongosa nesta nova temporada? Safaris em jipe aberto, ao longo de três horas ou o dia inteiro  (para maiores de 10 anos), visitas às plantações de café na Serra da Gorongosa, um bem sucedido projecto para a criação de emprego para as populações vizinhas do parque, passeios de bicicleta pelas comunidades, safaris a pé, de barco no lago Urema ou de canoa (todos para maiores de 12) e voos panorâmicos de helicóptero são as actividades disponíveis para 2021.

Foi a bordo de um helicóptero que Greg Carr, empresário e filantropo norte-americano responsável pelo Projecto da Restauração da Gorongosa, tendo investido até agora mais de 60 milhões de dólares e que se compromete a gastar mais 100 milhões até 2043 (números da revista Visão, que na edição de 20 de Maio último publica um texto de Greg Carr), viu pela primeira vez o parque em 2004 - um parque que achou magnífico visto de cima mas que se encontrava destruído por anos de guerra colonial e depois por anos de guerra civil. Quando em Abril de 2016 visitei a Gorongosa (reportagem aqui), perguntei-lhe como esperava ver a Gorongoda dali a 10 ou 20 anos. "Better, better, better", respondeu-me na altura. As coisas parecem ir no bom caminho. O último levantamento aéreo feito em 2018 contabilizou mais de 100 mil animais na reserva. 


Mais informações e reservas através do e-mail safari@gorongosa.net. Informações sobre os preços das actividades aqui e sobre as tarifas de entrada no parque, que vão dos 100 meticais para cidadãos moçambicanos aos 20 dólares para visitantes estrangeiros, aqui.



















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