Collection de l' Art Brut: etapa obrigatória em Lausana

Soube da existência do invulgar museu de l´Art Brut pelo Tripadvisor, onde as opiniões dos viajantes se dividem quase em exclusivo entre o "excelente" e o "muito bom". Localizado nos vários andares do Château de Beaulieu, edifício do século XVIII na Avenue des Bergières, em Lausana, reúne uma colecção de 60 000 pinturas, esculturas, peças de vestuário, textos e outras obras realizadas por autodidactas e marginais ao mundo da arte, muitos deles utentes de hospitais psiquiátricos, detidos ou solitários.
Se algumas destas obras de Arte Bruta impressionam (pela beleza, pela originalidade, por alguma violência), mais impressionam as notas biográficas que as acompanham. Aí se conhecem histórias de infâncias difíceis, de gente atormentada, impulsiva, sonhadora, de outros que nunca aprenderam a ler ou a escrever, de outros ainda que deitaram mãos à obra a um ritmo frenético - só o italiano Carlo Zinelli (1916 - 1974) produziu mais de três mil obras a partir dos 40 anos.
Já visitado pelo músico David Bowie (que considerou mesmo que a descoberta da Arte Bruta teve um forte impacto na sua vida e no seu processo criativo), pela actriz Isabelle Huppert ou pelo estilista Christian Lacroix, o museu está aberto de terça a domingo das 11h às 18h. Para além da colecção permanente, exibe até 27 de Abril a exposição temporária Veículos, composta pelos núcleos Terra, Água e Ar e por cerca de 200 obras.
Fazer fotografias ou vídeos é proibido em todo o espaço do museu, pelo que as obras que se seguem são reproduções de dois postais comprados à saída.

Tube Station (1970), de Willem Van Genk (1927 - 2005)

Le Grand Chef Avec des Six Totems (2000), um trabalho feito com
 conchas, de Paul Amar (n. 1919)


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