Cape Vidal: um piquenique na companhia de macacos samango

O segundo dia em St Lucia é dedicado a uma parte do iSimangaliso Wetland Park (imenso, com 280 quilómetros de costa e 328 mil hectares de superfície), aquela que se situa entre o Índico e o grande lago que tem o mesmo nome desta pequena cidade costeira. Classificado pela Unesco como Património Mundial em 1999, o parque tem uma grande diversidade de ecossistemas (terras húmidas, savana, floresta, lagos, oceano e um cordão de dunas coberto de vegetação) e é habitado por animais selvagens (elefantes, zebras, hipopótamos, antílopes, búfalos e crocodilos podem ser vistos por ali) e por mais de 500 espécies de aves.

A viagem faz-se, em velocidade reduzida e com paragem em todos os pontos de interesse assinalados, entre a cidade e Cape Vidal, 36 quilómetros acima. Aí, é altura de passear pela bela praia (segura para banhos, ao contrário da de St Lucia) e de aderirmos aos hábitos locais e fazer um piquenique (se bem que sem acendermos o barbecue). E este será um piquenique animado pela presença de dezenas de macacos samango que rondam por perto, cada vez mais perto. E este será um piquenique animado pela presença de dezenas de macacos samango que rondam por perto, cada vez mais perto, até que no final um nos invade a mesa.

No final do dia, houve tempo ainda para um passeio a pé pela praia do estuário (o caminho, em passadeira de madeira, tem início à direita da entrada do parque de campismo Sugarlof Camp & Eden Park), onde sinais de perigo nos avisam para a presença de crocodilos. Mas a estes nem vê-los. Encontramos apenas um hipopótamo, o primeiro que  vimos todo fora de água. E, como convém, a uma distância segura.

E já que não servimos de jantar a nenhum dos animais avistados, jantamos nós (cedo, como é obrigatório por estas paragens) no Braza, um restaurante com pratos portugueses, moçambicanos, angolanos e brasileiros. Depois de na véspera termos escolhido no vizinho Ocean Basket (ficam os dois na McKenzie Street, 73) uma travessa de marisco para quatro, escolhemos nessa noite um entrecosto grelhado, acompanhado de milho frito. Um dos raros pratos de carne nesta viagem estrada fora.