África on the road: e ao décimo dia chegámos ao maravilhoso Chobe

Se em Makgadikgadi Pans nos saiu um jackopt de zebras e de gnus à beira do rio Boteti (ver aqui), no Chobe National Park saíram-nos vários grandes prémios de elefantes - de todas as idades e tamanhos - à beira do rio Chobe. O que já era esperado, ou não fosse o Chobe o parque com maior concentração de elefantes em África, mais de 50 mil. Mas também encontrámos imensas girafas, milhares de impalas, muitas zebras, macacos, hipopótamos dentro e fora de água e seis leões deitados debaixo de uma árvore - primeiro muito sonolentos e depois um deles um pouco mais em pose para a câmara fotográfica.
Talvez menos conhecido do que os seus vizinhos Kruger, na África do Sul, ou Etosha, na Namíbia, o Chobe é o terceiro parque em tamanho do Botswana mas o maior no que diz respeito à diversidade da vida animal. Começamos por explorá-lo num safari por conta própria (é preciso ter um 4x4), ao longo de um dia e quase sempre junto à zona ribeirinha (com uma ou outra pequena incursão mais para o interior). E sempre com animais por perto.
E no dia seguinte voltámos para um passeio de barco de três horas, das três da tarde ao pôr-do-sol, altura que é uma espécie de hora de ponta no rio Chobe. Há imensos barcos a navegar por ali, um só para duas pessoas (e dois copos de vinho em cima de uma mesa), outros para meia dúzia ou um pouco mais, outros de dois andares e para mais de uma centena. O percurso e as vistas são iguais para todos: absolutamente maravilhosos.





























































































A partir de Maun chega-se ao Chobe em estrada asfaltada (são cerca de 610 quilómetros), o que pode ser tarefa para umas sete horas, com paragem para almoço incluída (o nosso foi em Nata e mais uma vez no Barcelos, de que já aqui falei). Percorre-se primeiro a A3, que tem alguns troços com velocidade máxima de 80 quilómetros e que pode ter animais na estrada ou à beira dela (no dia em que por lá passámos havia zebras, girafas e algumas avestruzes). Segue-se depois pela A33, onde as placas de sinalização e os sinais de perigo avisam que estamos numa zona de animais selvagens (ou não estivéssemos no Botswana). E mesmo no final, quase a chegar a Kasane, encontramos uma manada de elefantes. Passamos também por enormes acampamentos (ou aldeias em forma de acampamento) de gente que se dedica à recolha e comércio de palha.
Outra alternativa para chegar ao Chobe, mais dura e poeirenta, é fazer o percurso em jeito de safari a partir da estrada que também dá acesso à reserva de Moremi. E neste caso entra-se por Savuti, considerado um dos melhores locais para observação da vida selvagem nesta zona de África. Mas nós não tivemos coragem (e sobretudo pneus adequados) para ir por aí.












Old House, na President Avenue, a rua principal de Kasane, é uma boa opção de alojamento. Tem uma pequena piscina, uma boa localização junto ao rio Chobe, quartos para dois por 1500 pulas (cerca de 127 euros) e um restaurante aberto a hóspedes e não hóspedes que garante ter as melhores pizzas da cidade (para além de um bom entrecosto e de outras opções). Tem ainda disponíveis safaris de 3 horas ou de um dia inteiro no Chobe, passeios de barco e passeios às Victoria Falls (que ficam a menos de 100 quilómetros de Kasane).

Kwalape Safari Lodge, um pouco mais afastado do centro, tem alojamento em chalets, safari tents e lugares enormes para acampar por apenas 7 euros (uma casa-tenda para dois custa cerca de 107). O restaurante deixa vontade de regressar ao da Old House mas o bar à volta da piscina é agradável para algum tempo de descanso. Tem também disponíveis programas para visitar o Chobe.

Alguns guias de viagem divulgam a informação de que os safaris no Chobe Riverfront estão condicionados, por causa da elevada procura, ao horário das 9h às 14.30 para os visitantes por conta própria (sendo o resto do tempo para os operadores turísticos), o que parece ser uma informação desactualizada. Na prática não se aplica esta restrição de horários.


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