Namíbia: uma overdose de zebras e elefantes no Etosha
Ao oitavo dia desta viagem África fora, e depois de uma manhã passada na aldeia Himba de Otjikandero (ver aqui), era altura de partirmos à descoberta do Etosha National Park, declarado como reserva de caça em 1907 e hoje o principal parque da Namíbia e uma das atracções maiores do país. Mas apesar das expectativas em alta, achava que talvez nada no Etosha me deixasse assim numa espécie de estado de êxtase (afinal, já tinha percorrido, em Agosto de 2016, no Botswana, o Chobe, tão super povoado de elefantes, e a reserva de Moremi, onde podia ter sido comida por um leão). Mas não foi isso que aconteceu.
O Etosha, que na língua da tribo Ovambo significa "grande lugar branco", tem a Etosha Pan, uma planície salgada (ou mais planalto, pois estamos a um pouco mais de 1000 metros de altitude), que fica seca a maior parte do ano e que em algumas alturas é invadida pelas águas dos rios Ekuma e Oshigambo, a norte, e dos rios Omuthiya e Omuranba-Owambo, a este – e também por milhares e milhares de flamingos. Os viajantes podem circundar uma parte desta pan (que mais parece um mar, mesmo quando não tem água) e entrar com o carro um pouco adentro dos seus 4731 quilómetros quadrados, no Etosha Lookout, que não fica muito longe do campo de Halali.
À volta deste "grande lugar branco" (são cerca de 110 quilómetros, na parte maior, por 60) tem o Etosha uns maravilhosos waterholes, uns bebedouros naturais ou feitos pelo homem que compensam a secura extrema do parque e que vão juntando à sua volta os animais que o habitam. E por ali há todas as espécies de bichos selvagens made in África, excepto búfalos, pelo que não é possível ver os big five no Etosha. Zebras há em abundância e vimo-las aos montes, aos pares, sozinhas, quietas, aos saltos, a mamar, deitadas, a brincar, a relinchar, a lutar...
Visitar o Etosha requer tempo e nós passamos quase três dias a percorrê-lo. Primeiro, da Galton Gate a oeste à Andersson Gate a sul, entradas que herdaram os nomes dos dois primeiros europeus a pisar o Etosha, em 1851. Depois, um dia inteiro dedicado ao percurso entre a Andersson Gate e a King Nehale Gate, a norte. E no final, percurso entre a King Nehale Gate até à Von Lindquist Gate, a este e junto a Namutoni, onde existe um forte construído durante a colonização alemã. E o balanço foi quase perfeito, pelas paisagens e pelos animais, embora o difícil leão não tenha aparecido e só tenhamos visto um rinoceronte bastante escondido e um leopardo de costas e a afastar-se. Ou seria uma chita?
O Etosha, que na língua da tribo Ovambo significa "grande lugar branco", tem a Etosha Pan, uma planície salgada (ou mais planalto, pois estamos a um pouco mais de 1000 metros de altitude), que fica seca a maior parte do ano e que em algumas alturas é invadida pelas águas dos rios Ekuma e Oshigambo, a norte, e dos rios Omuthiya e Omuranba-Owambo, a este – e também por milhares e milhares de flamingos. Os viajantes podem circundar uma parte desta pan (que mais parece um mar, mesmo quando não tem água) e entrar com o carro um pouco adentro dos seus 4731 quilómetros quadrados, no Etosha Lookout, que não fica muito longe do campo de Halali.
À volta deste "grande lugar branco" (são cerca de 110 quilómetros, na parte maior, por 60) tem o Etosha uns maravilhosos waterholes, uns bebedouros naturais ou feitos pelo homem que compensam a secura extrema do parque e que vão juntando à sua volta os animais que o habitam. E por ali há todas as espécies de bichos selvagens made in África, excepto búfalos, pelo que não é possível ver os big five no Etosha. Zebras há em abundância e vimo-las aos montes, aos pares, sozinhas, quietas, aos saltos, a mamar, deitadas, a brincar, a relinchar, a lutar...
Visitar o Etosha requer tempo e nós passamos quase três dias a percorrê-lo. Primeiro, da Galton Gate a oeste à Andersson Gate a sul, entradas que herdaram os nomes dos dois primeiros europeus a pisar o Etosha, em 1851. Depois, um dia inteiro dedicado ao percurso entre a Andersson Gate e a King Nehale Gate, a norte. E no final, percurso entre a King Nehale Gate até à Von Lindquist Gate, a este e junto a Namutoni, onde existe um forte construído durante a colonização alemã. E o balanço foi quase perfeito, pelas paisagens e pelos animais, embora o difícil leão não tenha aparecido e só tenhamos visto um rinoceronte bastante escondido e um leopardo de costas e a afastar-se. Ou seria uma chita?
Há quatro alojamentos dentro do Etosha, que é preciso reservar com meses de antecedência se a viagem for feita durante a época alta e seca, mais ou menos de Junho a Outubro, quando é mais fácil ver animais junto aos pontos de água. São eles o Okaukuejo Resort, o principal resort e o que tem o mais famoso waterhole, o Halali Resort, construído em 1967 e o mais recente dos quatro, o Namutoni Resort, perto da Fischer's Pan, e o Dolomite Resort, o mais a oeste, localizado na área menos visitada e até há algum tempo de acesso restrito. Reservas e informações sobre preços no site Namibia Wildlife Resorts.
O Toshari Lodge, a sul e próximo da Andersson's Gate e de Okaukuejo, com um bom restaurante e várias tipologias de quartos e lugares para acampar, o City Lodge Boutique Hotel, em Omuthiya, a norte e próximo da King Nehale Gate, e o Tsumed Backpackers, localizado em Tsumbed, a 100 quilómetros de Namutoni, com quartos confortáveis e baratos e com um bar instalado numa carrinha Volkswagen azul estacionada no jardim, são outras opções de alojamento nas proximidades. E foram as opções possíveis (e também quase esgotadas) de uma viagem programada pouco antes de acontecer.
Viajar pelo Etosha em modo self drive safari é fácil (também há safaris organizados, os game drive), mas ter um mapa é útil para calcular as distâncias entre os vários pontos e identificar os waterholes. Nós comprámos um numa livraria de Swakopmund (também à venda nas lojas do parque), que tem cinco páginas com as imagens das aves que é possível avistar (ao todo, há no Etosha cerca de 340 espécies) e mais duas para os restantes animais.
Viajar pelo Etosha em modo self drive safari é fácil (também há safaris organizados, os game drive), mas ter um mapa é útil para calcular as distâncias entre os vários pontos e identificar os waterholes. Nós comprámos um numa livraria de Swakopmund (também à venda nas lojas do parque), que tem cinco páginas com as imagens das aves que é possível avistar (ao todo, há no Etosha cerca de 340 espécies) e mais duas para os restantes animais.
Os bilhetes para visitar o Etosha, cujas portas estão abertas do nascer ao pôr-do-sol, custam 80 dólares namibianos por pessoa (menos de 5 euros), mais 10 para o carro, a mesma tarifa de todos os parques na Namíbia. Moçambicanos ou residentes em Moçambique pagam metade desse valor.
Mais sobre a viagem à Namíbia aqui (de Fisf River Canyon a Kamanjab), aqui (aldeia Himba) e aqui (Windhoek)
Magnifica narrativa Dra. HM. Até apetece largar tudo ir. Lindo... Parabéns, como sempre.
ResponderEliminarAi esse doutora José Alberto...
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