Resiliência é a Palavra do Ano em Moçambique

Depois de "paz" em 2016 e "tseke", a planta que se tornou mediática após o Governo ter recomendado a sua produção como forma de reduzir a pobreza e a fome no país, em 2017, "resiliência" é a nova Palavra do Ano em Moçambique. A capacidade de perseverança e de persistência dos moçambicanos perante as dificuldades do dia-a-dia ganhou às restantes nove palavras candidatas, definidas por sugestão dos utilizadores da Internet e também com base no estudo das palavras usadas na comunicação social ou nas redes sociais. Eram elas neste ano de 2018 "acidente" (de viação, muitas vezes com vítimas mortais), "autárquicas" (um tema importante da agenda política do ano), "desbarato" (termo relacionado com as queixas dos agricultores, que vendem por muito pouco os produtos das suas machambas), "gás" (a ser explorado pelas multinacionais com quem o Estado tem vindo a fazer acordos vários), "marandza" (palavra usada para designar uma mulher que escolhe o parceiro em função das vantagens económicas que possa obter), "reassentamento" (uma realidade que tem afectado as comunidades no norte do país. em zonas de exploração do gás natural), "selecção" (a dos Mambas está em risco de não se qualificar para a Taça Africana das Nações). "sida" (uma das principais causas de morte) e "terrorismo" (flagelo que tem vindo a afectar vilas e aldeias dos distritos de Palma e de Mocimboa da Praia, em Cabo Delgado).
A Palavra do Ano, uma marca registada da Porto Editora que em Moçambique vai na terceira edição, é uma iniciativa da Plural Editores e do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, que pretende destacar a riqueza e o dinamismo criativo da língua portuguesa. A partir de Maio do próximo ano estão abertas as sugestões para as palavras de 2019. Em www.palavradoano.co.mz.


Vendedor de escovas, bairro da Mafalala

Fazedora e vendedora de bolinhos, bairro da Mafalala


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