R.I.P. Papa Francisco (1936 - 2025)

"Guardai a esperança. Não deixai que vos a roubem", disse o Papa Francisco aos cerca de 80 mil presentes no dia 6 de Setembro de 2019, num muito molhado Estádio Nacional do Zimpeto, arredores de Maputo, no final da missa que foi o ponto alto da sua viagem a Moçambique, a 31ª do seu pontificado. Francisco, que deixou nessa altura ao país uma mensagem de  paz e de reconciliação, falou antes de corrupção, das riquezas naturais e culturais de Moçambique e também do paradoxo de uma enorme quantidade da população viver em situação de pobreza. 

Hoje, dia em que os católicos, e não só, choram a sua morte, a Conferência Episcopal de Moçambique afirma, pela voz  do bispo auxiliar de Maputo e secretário geral da Conferência, Osório Afonso, que o mundo perdeu "um homem de fé firme, um pastor incansável e voz profética dos pobres e marginalizados" e que Francisco será lembrado pelos moçambicanos pelo seu "carinho e solidariedade". Já o arcebispo de Maputo, João Carlos Hatoa Nunes, lembra a estima que Francisco tinha por Moçambique e a "ligação muito estreita" que tinha pelo país. Em Novembro último, no Angelus (também conhecido por "oração da paz"), Francisco mostrou-se preocupado com as notícias que lhe chegavam de Moçambique, quando a violência pós eleições fazia as primeiras vítimas: "Convido todos ao diálogo, à tolerância e à busca incansável por soluções justas. Rezemos por toda a população moçambicana, para que a situação actual não faça perder a fé no caminho da democracia, da justiça e da paz."

[mais sobre a missa no Estádio do Zimpeto e reportagem fotográfica aqui]




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