Malásia: uma pausa em Kuala Kangsar

De Kuala Lumpur a Georgetown, capital da ilha de Penang, são 374 quilómetros, o que dá direito a uma paragem pelo caminho. A escolha recai sobre a limpa, verde e muito organizada Kuala Kangsar (residência dos sultões do Estado de Perak desde os princípios do século XIX), por causa da célebre mesquita, considerada uma das mais bonitas da Malásia, e porque vão sendo horas de almoçar.

A fotogénica Masjid Ubudiah, com a sua cúpula em ouro e os seus quatro minaretes, está agora aberta a não muçulmanos - não o esteve em tempos -, entre as 9h e as 12h, as 15h e as 16h e as 17.30 e as 18h. Na nossa passagem por lá - e porque já passava do meio-dia -  apenas pudemos dar uma volta tranquila em redor do exterior do edifício. O que mesmo assim foi bom.

E da mesquita (inaugurada em 1917 depois de alguns contratempos, sendo o mais célebre o relacionado com o ataque dos elefantes do sultão ao caro pavimento de mármore importado de Itália) seguimos para o Muzium Diraka Perak (ou Perak Royal Museum), um belo edifício amarelo construído ao estilo tradicional malaio e que guarda no seu interior - lemos no guia -  objectos e fotos da família real, o saxofone do sultão Idris Iskandar ou uma árvore genealógica da família do sultão, de 1530 a 1984. Mas também aqui nos ficamos pelo exterior. O Muzium Diraka Perak encontra-se actualmente fechado para obras de remodelação.

Faltava ainda dar uma vista de olhos ao imenso Palácio do Sultão, que não se pode visitar, e encontrar depois um lugar para comer. Acabamos por nos sentar num restaurante à beira da estrada, com a cozinha instalada na rua (o que é comum na Malásia), sem álcool à venda (o que também é frequente) e onde pouco se fala inglês. Sugerem-nos robalo grelhado acompanhado de um molho picante, o que nos parece bem tirando a parte do "spicy" (o que em malaio pode querer dizer muito "spicy"). Mas tentar "negociar" um peixe grelhado, limpinho de molhos, não é fácil. Depois de  várias tentativas lá conseguimos. Em todo o caso, pode ser útil memorizar as palavras "tidak pedas" (sem picante) para refeições futuras.