Casa do Gaiato: uma família com 158 rapazes
Ainda não são dez da manhã e já estamos sentados no meio dos miúdos mais novos que habitam a Casa do Gaiato, em Boane, a cerca de 50 quilómetros de Maputo, à espera que comece a missa de domingo. E um deles, não sei se o Helton, o Argentino ou o Pedro, passa a mão pelo braço de um dos visitantes e pergunta se quando for grande também vai ter pêlos. Depois de lhe dizermos que talvez vá, pergunta ainda se quando for grande também vai ser branco.
Com ou sem pêlos, que cresça feliz e realizado. Pelo menos tanto como Sérgio, 37 anos, com quem fico à conversa no final da manhã: entrou na que também é conhecida como Obra da Rua com 14, depois da família se ter desestruturado ("Fiquei sem rede", diz-nos), saiu em 2006 e agora, a fazer um segundo curso e a trabalhar na capital numa empresa de advocacia, regressa aos domingos para ajudar no que é preciso.
Depois da missa, cantada, dançada e a cargo de um padre do Vaticano (e eu, que só vou à missa em casamentos, baptizados e funerais, fiquei com vontade de voltar a Boane), foi a Sérgio que entreguei algumas roupas, livros e brinquedos oferecidos em Lisboa por alguns amigos. Era esse o principal objectivo da visita, assim como conhecer ao vivo o projecto ali inaugurado em 1991 (depois de ter funcionado noutro local entre 1967 e 1976) para ajudar na resolução de um problema do pós-guerra, o do número crescente de crianças de rua.
A Casa do Gaiato de Moçambique, gerida durante anos pelo padre José Maria, que faleceu em Outubro de 2016, e gerida agora pela Irmã Quitéria, acolhe actualmente 158 crianças e jovens sem família ou sem família que os possa criar (leio na página da organização no Facebook que uma delas chegou à Casa com oito meses e apenas 2,9 quilos e que rapidamente chegou aos cinco), integra o projecto que nasceu em Portugal em 1940 pela mão do padre Américo. Tem seis casas destinadas às crianças das várias idades, uma escola comunitária que funciona até à décima classe e que recebe também alunos, rapazes e raparigas, das aldeias vizinhas, oficinas que se destinam à manutenção da Casa (de mecânica, de sapataria, de electricidade, de canalização, de serralharia) e também outras que geram algum rendimento, como as actividades de carpintaria e marcenaria ou de agricultura e pecuária.
Mais informações sobre a Casa do Gaiato, onde todos os apoios, monetários ou em géneros, são bem-vindos, aqui ou através de telefone (+258823016110) ou e-mail (casadogaiato.moz@gmail.com).
Com ou sem pêlos, que cresça feliz e realizado. Pelo menos tanto como Sérgio, 37 anos, com quem fico à conversa no final da manhã: entrou na que também é conhecida como Obra da Rua com 14, depois da família se ter desestruturado ("Fiquei sem rede", diz-nos), saiu em 2006 e agora, a fazer um segundo curso e a trabalhar na capital numa empresa de advocacia, regressa aos domingos para ajudar no que é preciso.
Depois da missa, cantada, dançada e a cargo de um padre do Vaticano (e eu, que só vou à missa em casamentos, baptizados e funerais, fiquei com vontade de voltar a Boane), foi a Sérgio que entreguei algumas roupas, livros e brinquedos oferecidos em Lisboa por alguns amigos. Era esse o principal objectivo da visita, assim como conhecer ao vivo o projecto ali inaugurado em 1991 (depois de ter funcionado noutro local entre 1967 e 1976) para ajudar na resolução de um problema do pós-guerra, o do número crescente de crianças de rua.
A Casa do Gaiato de Moçambique, gerida durante anos pelo padre José Maria, que faleceu em Outubro de 2016, e gerida agora pela Irmã Quitéria, acolhe actualmente 158 crianças e jovens sem família ou sem família que os possa criar (leio na página da organização no Facebook que uma delas chegou à Casa com oito meses e apenas 2,9 quilos e que rapidamente chegou aos cinco), integra o projecto que nasceu em Portugal em 1940 pela mão do padre Américo. Tem seis casas destinadas às crianças das várias idades, uma escola comunitária que funciona até à décima classe e que recebe também alunos, rapazes e raparigas, das aldeias vizinhas, oficinas que se destinam à manutenção da Casa (de mecânica, de sapataria, de electricidade, de canalização, de serralharia) e também outras que geram algum rendimento, como as actividades de carpintaria e marcenaria ou de agricultura e pecuária.
Mais informações sobre a Casa do Gaiato, onde todos os apoios, monetários ou em géneros, são bem-vindos, aqui ou através de telefone (+258823016110) ou e-mail (casadogaiato.moz@gmail.com).
Comentários
Enviar um comentário