África do Sul: ao encontro de crocodilos e hipopótamos no estuário de St Lucia

Uma volta de barco no estuário de St Lucia, em busca de crocodilos e hipopótamos, foi o melhor momento da estadia de dois dias na cidade a que os sobreviventes portugueses do naufrágio do São Bento (ocorrido em 1554 e que fazia a viagem entre Lisboa e Goa, na Índia) deram o nome. Escolhemos um barco pequeno, com capacidade para cerca de uma dúzia de passageiros (éramos seis mais o comandante), seguindo o conselho de um sul africano em férias que se cruzou connosco em Hluhluwe. Depois de nos ter perguntado de onde vínhamos, explicou que o passeio de barco - que fizera na véspera - pode ser feito numa das embarcações grandes que por ali navegam (com muitos passageiros e um sistema de som em altifalante pouco simpático), mas que o passeio não terá tanta piada. Pareceu-nos ter razão.
A nossa viagem por uma pontinha do estuário (é imenso o lago de St Lucia) correu bem, sem a chuva do dia anterior e com um encontro inicial com dois crocodilos, depois com algumas aves, uns caranguejos que se apressavam a sair dos buracos quando o nosso guia os aliciava com umas folhas e finalmente vários hipopótamos. Na realidade, muitos hipopótamos. E por ali ficámos, bem perto deles, a ver o entra e sai da água (sem nunca saírem demasiado) e as brincadeiras de uma cria com a mãe, a apreciar a sua poderosa dentição, a ouvir os barulhos fortes que fazem. E a fotografá-los, claro.
E no final de um passeio perfeito, foi também perfeito o pôr-do-sol. Antes disso, a lua, volta e meia escondida entre as nuvens, fez-nos companhia do lado esquerdo da embarcação, enquanto regressávamos ao ponto de partida.
Já em terra, dedicámos o final das duas noites, que aqui acabam cedo (não queríamos acreditar quando o nosso anfitrião, o dono da Whalesong Guest House, nos disse que as cozinhas dos restaurantes fecham por volta das oito e meia), à procura dos hipopótamos que costumam visitar, em busca de comida, as ruas de St Lucia. Não tivemos nenhum encontro com nenhum dos animais responsáveis pelo maior número de acidentes mortais com humanos em África (talvez tenha sido melhor assim) mas mais tarde confirmei no Youtube que isto dos hipopótamos invadirem a rua principal desta cidadezinha não é mito.
























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