Próximo destino: Suazilândia

Quando contei a uma amiga que estava a pensar ir à Suazilândia, país encravado entre Moçambique e a África do Sul e que tem cerca de um terço da população adulta (ou pouco mais de um quarto, dependendo das fontes) infectada com o vírus da sida, na que é a taxa de contaminação mais alta do mundo, lembro-me de ela ter reagido com um “Porquê a Suazilândia?”. Nem sei bem o que lhe disse mas a resposta terá passado pela proximidade de Maputo (até à fronteira são cerca de 70 quilómetros) e pela curiosidade em dar uma espreitadela a um reino frequentemente classificado como insólito (oficialmente Reino da Suazilândia).
Acresce que a Suazilândia tem outras estatísticas e características que não deixam de impressionar: o país é uma monarquia absoluta onde é proibido divulgar qualquer informação contrária ao governo, a poligamia é uma prática culturalmente aceite e oficialmente instituída, o rei Mswati III é casado com cerca de uma quinzena de mulheres (o anterior, seu pai, terá tido pelo menos 70) e pode escolher uma nova companheira numa cerimónia anual na qual milhares de jovens dançam, meio despidas, perante ele (consta que tem havido anos em que abdica desse direito), a esperança média de vida não ultrapassa os 37 anos e a população vive maioritariamente em pobreza extrema.
Mas o país, que não tem acesso ao mar, tem também várias reservas de animais, paisagens que prometem, caminhos capaz de apaixonar quem gosta de andar, espécies de aves que farão as delícias de quem gosta de as observar e cascatas no meio de florestas. A confirmar a partir de amanhã se a viagem vale a pena.


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