Genebra: começou da melhor maneira a Primavera
A recente viagem a Genebra, onde o velhinho jacto de água continua a animar o Lago Leman, o relógio florido, desta vez em construção, a dar horas, o barco Leninha ancorado no mesmo sítio pelo menos desde Março de 2014, a cadeira gigante com a perna partida a alertar o mundo para os perigos das minas antipessoais e alguns suíços empenhados em ser pouco simpáticos, foi um déjá vu tranquilo, com lugar para uma ou outra descoberta. Uma passagem pela Cité du Temps, um remodelado edifício industrial que tem uma exposição permanente de todos os Swatch produzidos desde 1983, exposições temporárias interessantes (tive a sorte de apanhar uma de fotografia sobre o Japão) e um bar e restaurante cheios de charme revelou-se uma boa maneira de começar o dia. E uma visita ao elegante Museu Patek Philippe acabou por ser interessante mesmo para uma não apaixonada por relógios, pela história da empresa e pela riqueza da colecção apresentada.
De resto, foi o tempo aproveitado para passear e descansar à beira lago (onde passa gente a correr, de bicicleta, uma senhora de andarilho, outra com um carro de compras, turistas com trolleys, pais com carrinhos de bebé), para voltar a subir à torre da catedral de Saint Pierre (e ter a melhor vista sobre a cidade e as montanhas à volta) e regressar aos Bains des Paquis. Durante o dia para aproveitar o sol de um início perfeito de Primavera (e observar quem nada no lago, com a água a rondar os seis ou sete graus), à noite para me deliciar com o célebre fondue de queijo au crémant, num jantar que foi feliz apesar da companhia. Na Buvette dos banhos as mesas são corridas e partilham-se com quem está e com quem chega. E a minha companheira do lado direito sai-se, mal se senta e nos ouve falar, com um simpático (e dito em francês) "Os portugueses de Portugal perseguem-me por todo o lado."
Não fora suíços assim (a taxista, portuguesa, que no dia seguinte nos havia de levar ao aeroporto, confirma que está farta de gente tão fria) e talvez um dia me encantasse a sério com Genebra. Pelo menos nos dias de céu muito azul.
De resto, foi o tempo aproveitado para passear e descansar à beira lago (onde passa gente a correr, de bicicleta, uma senhora de andarilho, outra com um carro de compras, turistas com trolleys, pais com carrinhos de bebé), para voltar a subir à torre da catedral de Saint Pierre (e ter a melhor vista sobre a cidade e as montanhas à volta) e regressar aos Bains des Paquis. Durante o dia para aproveitar o sol de um início perfeito de Primavera (e observar quem nada no lago, com a água a rondar os seis ou sete graus), à noite para me deliciar com o célebre fondue de queijo au crémant, num jantar que foi feliz apesar da companhia. Na Buvette dos banhos as mesas são corridas e partilham-se com quem está e com quem chega. E a minha companheira do lado direito sai-se, mal se senta e nos ouve falar, com um simpático (e dito em francês) "Os portugueses de Portugal perseguem-me por todo o lado."
Não fora suíços assim (a taxista, portuguesa, que no dia seguinte nos havia de levar ao aeroporto, confirma que está farta de gente tão fria) e talvez um dia me encantasse a sério com Genebra. Pelo menos nos dias de céu muito azul.
O Museu Patek Philippe tem milhares de relógios distribuídos por dois andares (não sabia que os havia em forma de coração, de borboletas, de morango, de macã, de harpa, de concha ou de Cruz de Malta), sendo que num se exibe a colecção da empresa e no outro relógios históricos produzidos entre 1500 e 1850. Há ainda um terceiro andar, onde a visita deve começar, com uma biblioteca e uma exposição sobre a história dos fundadores (o polaco Antoni Patek e o francês Adrien Philippe). Fica na Rue des Vieux-Grenadiers, 7 (muito perto de Plainpalais), está aberto de terça a sexta das 14h às 18h e sábado das 10h às 18h. Os bilhetes custam 7 (descontos vários) e 10 euros, sendo gratuito até aos 18 anos..
A Cité du Temps, edifício localizado na Pont de la Machine, onde as águas do lago desaguam no Ródano, tem uma exposição permanente da Swatch, exposições temporárias e um restaurante que funciona de segunda a sexta das 10h às 18h (à noite e aos sábados só com reserva). Mais informações no site.
Os Bains de Pâquis, uma praia no lago e uns banhos turcos que datam de 1872, têm massagens a 70 francos suíços para 50 minutos (reservas: 022 7314134), uma sauna e hammam que custam 13 francos à segunda e 20 os restantes dias (à terça é reservada para mulheres), aulas de natação para crianças e adultos, sessões de poesia no primeiro e terceiro sábado de cada mês (de Outubro a Maio), entre outras actividades. Para o restaurante, que tem um fondue de queijo a 23 francos (de Setembro a fim de Maio), a reserva é "vivement recommandé" (022 7381616). O acesso aos banhos é feito pelo Quai du Mont-Blanc.
A Broken Chair, um projecto do artista suíço Daniel Berset executado pelo carpinteiro Louis Genève, pretende alertar os políticos que visitam a cidade para o perigo das minas terrestres. Pode ser vista na Place des Nations.
Mais sobre outras viagens à Suíça aqui e aqui. E sobre o último regresso aqui e aqui.
A Cité du Temps, edifício localizado na Pont de la Machine, onde as águas do lago desaguam no Ródano, tem uma exposição permanente da Swatch, exposições temporárias e um restaurante que funciona de segunda a sexta das 10h às 18h (à noite e aos sábados só com reserva). Mais informações no site.
Os Bains de Pâquis, uma praia no lago e uns banhos turcos que datam de 1872, têm massagens a 70 francos suíços para 50 minutos (reservas: 022 7314134), uma sauna e hammam que custam 13 francos à segunda e 20 os restantes dias (à terça é reservada para mulheres), aulas de natação para crianças e adultos, sessões de poesia no primeiro e terceiro sábado de cada mês (de Outubro a Maio), entre outras actividades. Para o restaurante, que tem um fondue de queijo a 23 francos (de Setembro a fim de Maio), a reserva é "vivement recommandé" (022 7381616). O acesso aos banhos é feito pelo Quai du Mont-Blanc.
A Broken Chair, um projecto do artista suíço Daniel Berset executado pelo carpinteiro Louis Genève, pretende alertar os políticos que visitam a cidade para o perigo das minas terrestres. Pode ser vista na Place des Nations.
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