É oficial. Com um currículo feliz em matéria de viagens, com cerca de 40 países visitados, muitas repetições e sobretudo uma colecção de histórias e de pessoas que guardo para a vida, chego hoje aos 50 anos. Ou pelo menos chego aos 50 em Portugal. Em Moçambique, país onde a esperança média de vida está abaixo dos 60, fico-me no máximo pelos 34.
Na primeira ida ao mercado de
Xipamanine (onde entretanto já regressei e onde voltei a ver cobiçados o aparelho dos dentes e o cabelo) houve quem achasse que eu tinha 32, mesmo depois de dizer a idade do filho (20) que tinha ao lado. Na semana passada, uma
amiguinha de 15 anos a quem perguntei a idade da mãe ("Acho que tem 38 mas não tenho a certeza. Vou perguntar-lhe.") achou, depois de pensar um pouco, que eu tinha 34. E quando me desatei a rir mudou para 27. Também entre 27 e 30 foi como um pescador e marinheiro que me havia de levar à
Xefina me descreveu uns dias antes a um amigo português que tem em Maputo. Pelo que está decidido: se os difíceis 50 me deprimirem mudo-me de vez para África, talvez para a especial Ilha de Moçambique (brevemente por aqui), onde decidi voltar para comemorar a data.
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Ilha do Ibo, Quirimbas, Moçambique, Agosto 2013, com o contador de histórias João Baptista |
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Robben Island, Cidade do Cabo, Abril 2016 |
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Victoria Falls, Zâmbia, Agosto 2016 |
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Atelier de Reinata Sadimba, Maputo, Agosto 2017 |
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Mural de Malangatana no exterior do Museu de História Natural, Maputo, Novembro 2017 |
PS - Afinal são 43 os países visitados (dez em África), em cinco continentes, o que corresponde a 17 por cento do mundo. Contas feitas entretanto no mapa disponibilizado no
Alma de Viajante.
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